"Assisti ao ‘Ainda Estou Aqui’， na sala 1 - Atmos"， lembra Marcelo J.J. Lima， diretor do Cine Marquise. "A sequência com a Eunice Paiva presa， quando ela fica entrando e saindo daqueles depoimentos， como o som dos corredores do lado de fora da cela， com pessoas gemendoplataforma de 1 real tiger， era arrepiante… Imagine se tivesse sido mixado em Atmos"， afirma.

O equipamento Atmos， da Dolby， é a menina dos olhos do Cine Marquise， e foi eleito novamente como o de melhor som entre os cinemas paulistanos， mesmo exibindo invariavelmente filmes que não foram feitos em Atmos， como o longa de Walter Salles — que se tornou o mais visto do cinema desde sua reabertura， com 15 mil ingressos vendidos.

Lima inclusive conta uma historinha relacionada ao som da primeira produção brasileira a vencer o Oscar de filme internacional. "O Walter solicitou uma altura de som que eu discordei e a gente teve que negociar. Ele queria que a altura fosse 5， mas o padrão da Dolby é 6. Conseguimos colocar na altura 5，5， mas ainda acho que a experiência no 6 seria melhor"， pontua.

O executivo ressalta que， mesmo filmes que chegaram no Brasil apenas com som Dolby 7.1， e não em Atmos， comportam-se muito bem na sala 1， como "Conclave"， sucesso de público do cinema neste início de ano.

Mas nem tudo que soa bem aos ouvidos resulta em êxito na sala. "‘Alien: Romulus’ foi um espetáculoplataforma de 1 real tiger， fiz uma aposta com ele， e perdi"， brinca Lima， que cita ainda "Duna - Parte 2"， como outra ficção de som impecável —o filme venceu o Oscar da categoria.

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